O presidente do Senado Federal decidiu retirar da pauta de votações o projeto de lei que previa a legalização dos cassinos e do tradicional jogo do bicho no Brasil. A decisão foi tomada em meio a um cenário de forte divisão entre os senadores, que demonstram preocupação com os possíveis impactos políticos da medida, especialmente junto ao eleitorado evangélico.
Nos últimos dias, a pressão por parte de líderes religiosos e parlamentares da bancada evangélica aumentou consideravelmente. Um dos pontos de maior repercussão foi a publicação da “Carta de Repúdio à Aprovação da Jogatina”, assinada por representantes de diferentes denominações evangélicas. No documento, os líderes manifestam profunda insatisfação com a possibilidade de liberação dos jogos de azar e destacam os riscos sociais e morais que associam à legalização desse tipo de atividade.
Divididos entre os interesses econômicos e as repercussões eleitorais, diversos senadores passaram a reconsiderar seu posicionamento sobre o projeto. O receio de desgaste junto ao público conservador e religioso, especialmente em estados onde a base evangélica tem grande influência, contribuiu para o recuo momentâneo.
Apesar de estar em tramitação há anos e contar com o apoio de parte do setor empresarial e turístico, o projeto enfrenta forte resistência por setores da sociedade civil, igrejas e movimentos que apontam os potenciais prejuízos sociais dos jogos de azar.
Com a retirada da proposta da pauta, o futuro da legalização dos cassinos e do jogo do bicho segue incerto. Ainda não há nova data definida para que o tema volte a ser debatido no plenário do Senado.
